Os mórmons são cristãos, como seu nome oficial, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, sugere. É verdade que os mórmons não se consideram “protestantes”, pois não protestam a igreja católica; as duas religiões têm trabalhado juntas em projetos humanitários e outros. É também verdade que não nos consideramos “cristãos renascidos”. Embora acreditemos que se deve mudar o coração para vir a Deus –se deve nascer de novo espiritualmente– o rótulo “renascido” inclui muito mais do que uma simples crença no renascimento espiritual.
A fé SUD em Cristo é baseada em sua vida como descrita no Novo Testamento. Os Mórmons também acreditam que após sua morte e ressurreição em Israel, o Cristo então glorificado visitou outros povos, inclusive um povo do antigo continente americano. O relato desta visita pode ser encontrado no Livro de Mórmon. Clique aqui para escutar a narrativa do próprio Livro de Mórmon, ou clique nas imagens dos vídeos abaixo que dissipam os mitos associados com a dedicação mórmon a Cristo, mostram uma dramatização da visita de Cristo ao antigo continente americano e descrevem a idéia mórmon de “nascer de novo.” Os seguintes links incluem imagens e informações adicionais: Cristo no continente americano, o preço do pecado, a segunda vinda, um retrato de Jesus. ()
Algumas das minhas redações pessoais também ilustram a importância de Cristo na teologia mórmon. Em O Mestre e a Mensagem, comento sobre como Cristo é central ao nosso programa missionário. Em Gólgota e o Túmulo do Jardim descrevo como imaginava a vida de Cristo quando era um jovem estudante na BYU.
Os mórmons de fato acreditam que o homem é salvo pela graça de Cristo. Apesar de nossos melhores esforços de obedecer–e a obediência é importante–somos todos pecadores. Salvar um pecador–mesmo um pecador imperfeito e humano que tem boas intenções, mas que apesar de seus melhores esforços, falha de vez em quando–viola a lei da justiça de Deus. Mas condenar uma pessoa com boas intenções viola a lei da misericórdia de Deus. Este paradoxo aparente se resolve pela graça de Cristo, quem pagou o preço de nossos pecados sob condição de nosso esforço pessoal e nosso arrependimento sincero.
O conceito da trindade (que Deus o Pai, Jesus Cristo, e o Espírito Santo são simultaneamente três entidades separadas e uma só “substância”) foi adotado formalmente pela igreja cristã antiga no ano 325 d.C. com o credo de Nicene, após muito debate e com muitos dissidentes. Os mórmons acreditam que nesta altura a igreja antiga já tinha perdido a autoridade para agir no nome de Deus, e assim não sentimos obrigados a aceitar as decisões do credo. Por sorte, no entanto, a descrição da trindade do credo de Nicene é tão vaga que facilmente inclui o conceito mórmon de Deus.
O conceito da trindade descreve um Deus em três pessoas; todos os três, como distintos ‘pessoas’ ou ‘hypostases’, compartilham uma única essência divina, existência, ou natureza (veja wikipedia). Esta idéia é resumida no credo de Atanásio, escrito alguns anos após o credo de Nicene, que indica: “Mas a fé universal é esta, que adoremos um único Deus em Trindade, e a Trindade em unidade. Não confundindo as pessoas, nem dividindo a substância. Porque a pessoa do Pai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra. Mas no Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma mesma divindade, igual em glória e co-eterna majestade.” Como é que os mórmons entendem este conceito tão confuso e aparentemente contraditório?
Alguns criticam a igreja SUD, alegando que não é uma denominação cristã. Por acreditar que Deus o Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo são fisicamente separados embora perfeitamente unidos em propósito, é alegado que a teologia mórmon é incompatível com o credo de Nicene. O motivo de considerar aceitar o credo de Nicene um requisito essencial para todo cristão não é explicado, nem são satisfatórias as razões por que a teologia mórmon viola tal credo.
Outros críticos vão além disso, alegando que os mórmons são politeístas. Esta idéia é simplesmente errada. Os mórmons acreditam no Deus mostrado pelas escrituras; acreditam que Deus o Pai, Jesus Cristo, e o Espírito Santo juntos constituem uma única “Divindade.” No mormonismo, as palavras “Deus” e “Divindade” são usadas freqüentemente como sinônimos. Quando dizemos que Deus é onipotente, onisciente, onibenevolente, eterno, imutável e imortal, não distinguimos entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, mas referimos a eles coletivamente como uma só entidade, a Deidade, ou, muitas vezes, simplesmente Deus.
Consideramos Joseph Smith um profeta como Moisés, um homem através de quem Jesus Cristo restaurou sua igreja como existia antigamente. Respeitamos Joseph para o trabalho que realizou, mas reservamos a nossa adoração só para Jesus Cristo e Deus o Pai. ()
Em 1820, quando tinha quatorze anos de idade, Joseph pensou profundamente ao considerar a igreja na qual deveria se afiliar. Após ter lido uma passagem na bíblia que ensinou que quem sente falta sabedoria pode pedir a Deus (Tiago 1:5), Joseph decidiu perguntar diretamente a Ele para receber mais orientação.
Numa manhã, na primavera de 1820 Joseph foi a um bosque isolado para perguntar a Deus em qual igreja deveria se afiliar. Enquanto orava, Deus o Pai e o Filho apareceram-lhe. Com esta visitação divina, chamada por mórmons a “primeira visão,” Deus restaurou a antiga igreja cristã.
Para ler a história da restauração da igreja antiga nas próprias palavras de Joseph Smith, clique aqui.
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