Bruno Paz sinto muito, mas lá vou eu de novo:você disse no dia 7 de junho que beber coca-cola não é contra a palavra de sabedoria isso eu compreendo e concordo mesmo porque eu acho que ela nem existia na época. Mas o que me preocupa é a ideia de que fazer algo que não é saudável não ser pecado, pois em 1 corintios 3:16 parece estar indicando que devemos tomar conta o melhor possível do nosso corpo. Também conheço Mateus 15:11 mas creio que Ele disse assim para os que se apegam a um uso extremo de limpeza exterior ignorando a pureza de espirito, mas vou tentar ser mais direto: pra você, o que é pecado? Como isso se diferencia de um hábito não saudável?
Me desculpe mas acho que não seria justo eu me calar; não sei se você vai ficar bravo mas estou sendo sincero
3 Responses to “El Santo Gringo sinto muito, mas lá vou eu de…”
Bruno Paz
2015-06-14 23:23:01
Olá irmão Elizeide. Sem problema! :) Suas perguntas são interessantes.
Pecar é quando intencionalmente fazemos algo que sabemos ser contrário à vontade de Deus. Muitas pessoas fazem coisas que Deus não aprova, mas elas não sabem que aquilo é errado. Não é possível pecar em ignorância.
Entre os pecados, há dois tipos. Algumas pessoas escolhem fazer o errado porque gostam de pecar. São abertamente rebeldes. Deus quer perdoar estas pessoas, mas fica difícil porque não querem arrepender.
Também há pessoas (todos nós de vez em quando) que pecam por fraquezas pessoais. Coisas como vícios e tendências biológicas complicam a vida as vezes. Todos nós temos a responsabilidade de esforçar-nos ao máximo para superar nossas fraquezas. Deus facilmente perdoa quando alguém sinceramente procura mudar a sua vida.
Uma forma de pecar, também nascida de uma fraqueza pessoal, é a tendência que algumas pessoas têm de ir "além da marca". Os fariseus ilustram como é este pecado. Muitos fariseus estritamente seguiam a lei mosaica porque queriam agradar a Deus. Mas eles acabaram fazendo muitas coisas que Deus nunca pediu, justamente para criar "hedges" ou setos de proteção ao redor da lei. E em tempo estas práticas inventadas se tornaram tão importantes quanto a lei divina em si.
Quando respondi a outra pergunta, queria dizer que nem tudo que é mal para o corpo é uma violação da Palavra de Sabedoria, e que não devemos julgar os outros por isso. Para ser mais específico, estava pensando neste "fenômeno fanático farisaico" quando respondi. Você está certo ao pensar que devemos cuidar de nosso corpo. Deus quer isso, e é isso que os profetas têm ensinado. Nosso corpo é um templo. Mais também é possível se tornar fanático neste pensamento.
É justamente isso que algumas pessoas aqui nos Estados Unidos--inclusive alguns membros da igreja--estão fazendo, e isso me preocupa. Por exemplo, comer "comida orgânica" é visto como virtude em vez de preferência pessoal (embora os estudos têm demonstrado que o valor nutricional é o mesmo). Outros pregam ideias praticamente pseudoreligiosas sobre a importância de evitar o glúten, mesmo quando uma pessoa não tem a doença celíaca. E muita gente toma pílulas de vitaminas (também de pouco beneficio na maioria dos casos, de acordo com os estudos) ou abraçam várias dietas de moda (suco de Noni não é medicinal, gente!). O problema aqui não é que estas ideias são ridículas. É que as pessoas que acreditam nelas vê-las praticamente em termos religiosos. Às vezes até citam a ideia que "Deus quer que cuidemos de nossos corpos" para justificar a sua irracionalidade.
E em certos casos estas ideias até violam as normas básicas de nossa religião. Vejo isso, por exemplo, na atitude que algumas pessoas têm para com pessoas obesas. Uma pessoa obesa deve procurar cuidar de seu corpo, claro. Se é possível perder peso, então é bom que faça. Mesmo quando não é possível, comer bem e fazer exercícios promove a saúde. Mas a obesidade é em grande parte um problema biológico, não uma falta de autocontrole ou o resultado de pobres decisões. Ser obeso não é uma violação da Palavra de Sabedoria, nem é pecado. Pensar assim demonstra uma falta de caridade cristã.
Eu por acaso sou magro demais, mas raramente faço exercícios. Nosso profeta Monson é um homem obeso com diabetes. Então, eu sou bom, e ele é pecador? Obviamente não devemos culpar os outros pelos problemas médicos que têm, nem devemos pensar que estes problemas são sempre o produto de "pecado" ou de uma violação da Palavra de Sabedoria.
Fico feliz por ter a oportunidade de esclarecer o que escrevi. Resumindo, você está certo ao reconhecer que devemos cuidar de nossos corpos. É isso que Deus quer. Mas também não devemos ir "além da marca" como os fariseus, e não devemos supor que alguém com um corpo que parece não ser bem cuidado é de alguma forma pecador. Um abraço.
Elizeide Márcio Da Silva
2015-06-25 17:25:27
Eu estive pensando sobre o assunto e me lembrei de êxodo capitulo 20; alguns mandamentos são pecados e são crimes (tais como não furtarás, não prestará falso testemunho) mas nem todo pecado é uma infração a lei do estado (tais como não terás outros Deuses diante de mim, não cobiçarás o teu próximo) talvez seguindo essa mesma linha de raciocínio nem tudo que é anti-higiênico seria pecado, mas como se deveria entender 1 Corintios 3:16 ?
Elizeide Márcio Da Silva
2015-07-07 06:18:01
Legal é um bom racicinio obrigado por suas respostas e também estou aprendendo que devemos tomar cuidado com os extremos e não nos tornarmos fanáticos
Pecar é quando intencionalmente fazemos algo que sabemos ser contrário à vontade de Deus. Muitas pessoas fazem coisas que Deus não aprova, mas elas não sabem que aquilo é errado. Não é possível pecar em ignorância.
Entre os pecados, há dois tipos. Algumas pessoas escolhem fazer o errado porque gostam de pecar. São abertamente rebeldes. Deus quer perdoar estas pessoas, mas fica difícil porque não querem arrepender.
Também há pessoas (todos nós de vez em quando) que pecam por fraquezas pessoais. Coisas como vícios e tendências biológicas complicam a vida as vezes. Todos nós temos a responsabilidade de esforçar-nos ao máximo para superar nossas fraquezas. Deus facilmente perdoa quando alguém sinceramente procura mudar a sua vida.
Uma forma de pecar, também nascida de uma fraqueza pessoal, é a tendência que algumas pessoas têm de ir "além da marca". Os fariseus ilustram como é este pecado. Muitos fariseus estritamente seguiam a lei mosaica porque queriam agradar a Deus. Mas eles acabaram fazendo muitas coisas que Deus nunca pediu, justamente para criar "hedges" ou setos de proteção ao redor da lei. E em tempo estas práticas inventadas se tornaram tão importantes quanto a lei divina em si.
Quando respondi a outra pergunta, queria dizer que nem tudo que é mal para o corpo é uma violação da Palavra de Sabedoria, e que não devemos julgar os outros por isso. Para ser mais específico, estava pensando neste "fenômeno fanático farisaico" quando respondi. Você está certo ao pensar que devemos cuidar de nosso corpo. Deus quer isso, e é isso que os profetas têm ensinado. Nosso corpo é um templo. Mais também é possível se tornar fanático neste pensamento.
É justamente isso que algumas pessoas aqui nos Estados Unidos--inclusive alguns membros da igreja--estão fazendo, e isso me preocupa. Por exemplo, comer "comida orgânica" é visto como virtude em vez de preferência pessoal (embora os estudos têm demonstrado que o valor nutricional é o mesmo). Outros pregam ideias praticamente pseudoreligiosas sobre a importância de evitar o glúten, mesmo quando uma pessoa não tem a doença celíaca. E muita gente toma pílulas de vitaminas (também de pouco beneficio na maioria dos casos, de acordo com os estudos) ou abraçam várias dietas de moda (suco de Noni não é medicinal, gente!). O problema aqui não é que estas ideias são ridículas. É que as pessoas que acreditam nelas vê-las praticamente em termos religiosos. Às vezes até citam a ideia que "Deus quer que cuidemos de nossos corpos" para justificar a sua irracionalidade.
E em certos casos estas ideias até violam as normas básicas de nossa religião. Vejo isso, por exemplo, na atitude que algumas pessoas têm para com pessoas obesas. Uma pessoa obesa deve procurar cuidar de seu corpo, claro. Se é possível perder peso, então é bom que faça. Mesmo quando não é possível, comer bem e fazer exercícios promove a saúde. Mas a obesidade é em grande parte um problema biológico, não uma falta de autocontrole ou o resultado de pobres decisões. Ser obeso não é uma violação da Palavra de Sabedoria, nem é pecado. Pensar assim demonstra uma falta de caridade cristã.
Eu por acaso sou magro demais, mas raramente faço exercícios. Nosso profeta Monson é um homem obeso com diabetes. Então, eu sou bom, e ele é pecador? Obviamente não devemos culpar os outros pelos problemas médicos que têm, nem devemos pensar que estes problemas são sempre o produto de "pecado" ou de uma violação da Palavra de Sabedoria.
Fico feliz por ter a oportunidade de esclarecer o que escrevi. Resumindo, você está certo ao reconhecer que devemos cuidar de nossos corpos. É isso que Deus quer. Mas também não devemos ir "além da marca" como os fariseus, e não devemos supor que alguém com um corpo que parece não ser bem cuidado é de alguma forma pecador. Um abraço.