Eu tenho uma dúvida sobre a igreja. Uma psicanalista me disse que a psicanálise lida muito com o problema da culpa e disse que a igreja faz sentir muita culpa.
A igreja mormon é o evangelho do arrependimento e penso que todos nós temos pensamentos sexuais durante o dia e essa questão me angustia.
One Response to “Eu tenho uma dúvida sobre a igreja. Uma psicanalista me…”
Fernando Ramos
2015-01-18 20:32:41
Uma vida cheia de pecado pode ser purificada e modificada por meio da Expiação de Jesus Cristo.
Olá irmão. Esta sua pergunta é mais complexa do que imagina. Deixe-me fazer alguns comentários.
1) É importante distinguir entre a culpa e a vergonha. A culpa é o sentimento que temos feito algo ruim. Não é um sentimento confortável, mas é um dom de Deus, pois nos ajuda a arrepender-se. Não outra mão, a vergonha é o sentimento que somos ruins. É quando questionamos nosso valor como filho de Deus. A culpa vem de Deus, mas a vergonha é uma das ferramentas mais poderosas que Satanás usa para destruir-nos espiritualmente.
2) Na igreja, pessoas lidam com a culpa de formas diferentes. Eu diria que só 20% dos membros da igreja lidam com a culpa apropriadamente. 60% dos membros não aproveitam deste dom completamente. Em vez de deixar a culpa incentivar a mudança, estas pessoas ficam autojustificando a si mesmas. Suas vidas espirituais seriam melhores se a culpa tivesse mais influência nas suas vidas.
No entanto, diria que 20% dos membros têm o problema oposto. Eles sentem culpa por coisas que nem são pecados. Quando pecam (pois todos nós pecamos), eles tendem a sobrestimar a gravidade do pecado. E às vezes até continuam sentindo culpa depois de arrepender-se. Na sua forma mais grave, esta atitude pode até ser uma forma de transtorno obsessivo-compulsivo, mas mesmo pessoas sãs podem lutar com sentimentos desta categoria, embora menos fortes. Estas pessoas precisam mudar seu jeito de lidar com a culpa. Devem sentir menos culpadas.
Graças a Cristo, podemos arrepender-nos e livrar-nos da culpa. (Reflections of Christ)
3) Deus criou a sexualidade com propósito. Ela não é pecaminosa em si. Se uma pessoa nunca tem pensamentos sexuais, é até possível (embora nem sempre) que há um problema médico. Sem estes sentimentos, muita gente nunca se casaria, nunca criaria famílias. A sexualidade é um dom de Deus também.
Mas ela precisa ser controlada. Se você repara que uma moça é fisicamente atraente, que ela tem uma figura bonita, não é pecado. Se você se imagina beijando ou abraçando aquela moça, não é pecado. É só quando intencionalmente cultivamos pensamentos que vão muito além destes que estamos no pecado. Fantasias explicitamente sexuais são melhor guardadas para serem usadas dentro de um casamento.
4) É bom também distinguir entre um pensamento impulsivo e um pensamento intencionalmente cultivado. Muita gente tem pensamentos repentinos que invadem suas mentes sem serem convidados. Tais pensamentos não são pecaminosos, pois onde não há escolha, o pecado não é possível. Se este mesmo pensamento é intencionalmente convidado ou cultivado, então há escolha. O pecado então é possível.
5) O Élder Scott uma vez disse algo que me fez pensar bastante: "O Senhor encara de modo diferente a fraqueza e a rebelião. Embora o Senhor admoeste que a rebelião sem arrependimento trará o castigo, quando Ele fala de fraquezas, é sempre com misericórdia." Então, mesmo quando alguém de fato peca, é bom distinguir entre o pecado nascido de uma fraqueza e o pecado que vem da rebelião. Todos nós temos fraquezas. Vencer estas fraquezas é um dos propósitos principais desta vida. O Senhor é misericordioso, especialmente quando estamos no processo de mudar e melhorar.
Espero que esta resposta ajude. Deixe-me saber se tem mais perguntas. Estou feliz em poder ajudar.
Obs. Se seu psicólogo não está disposto a ajudá-lo no contexto de sua própria cultura religiosa, considere buscar outro. Não sei se ele é assim (não conheço os detalhes), mas, falando de forma geral, usar a psicologia para destruir a fé de um paciente demonstra uma falta de ética e profissionalismo.
1) É importante distinguir entre a culpa e a vergonha. A culpa é o sentimento que temos feito algo ruim. Não é um sentimento confortável, mas é um dom de Deus, pois nos ajuda a arrepender-se. Não outra mão, a vergonha é o sentimento que somos ruins. É quando questionamos nosso valor como filho de Deus. A culpa vem de Deus, mas a vergonha é uma das ferramentas mais poderosas que Satanás usa para destruir-nos espiritualmente.
2) Na igreja, pessoas lidam com a culpa de formas diferentes. Eu diria que só 20% dos membros da igreja lidam com a culpa apropriadamente. 60% dos membros não aproveitam deste dom completamente. Em vez de deixar a culpa incentivar a mudança, estas pessoas ficam autojustificando a si mesmas. Suas vidas espirituais seriam melhores se a culpa tivesse mais influência nas suas vidas.
No entanto, diria que 20% dos membros têm o problema oposto. Eles sentem culpa por coisas que nem são pecados. Quando pecam (pois todos nós pecamos), eles tendem a sobrestimar a gravidade do pecado. E às vezes até continuam sentindo culpa depois de arrepender-se. Na sua forma mais grave, esta atitude pode até ser uma forma de transtorno obsessivo-compulsivo, mas mesmo pessoas sãs podem lutar com sentimentos desta categoria, embora menos fortes. Estas pessoas precisam mudar seu jeito de lidar com a culpa. Devem sentir menos culpadas.
Mas ela precisa ser controlada. Se você repara que uma moça é fisicamente atraente, que ela tem uma figura bonita, não é pecado. Se você se imagina beijando ou abraçando aquela moça, não é pecado. É só quando intencionalmente cultivamos pensamentos que vão muito além destes que estamos no pecado. Fantasias explicitamente sexuais são melhor guardadas para serem usadas dentro de um casamento.
4) É bom também distinguir entre um pensamento impulsivo e um pensamento intencionalmente cultivado. Muita gente tem pensamentos repentinos que invadem suas mentes sem serem convidados. Tais pensamentos não são pecaminosos, pois onde não há escolha, o pecado não é possível. Se este mesmo pensamento é intencionalmente convidado ou cultivado, então há escolha. O pecado então é possível.
5) O Élder Scott uma vez disse algo que me fez pensar bastante: "O Senhor encara de modo diferente a fraqueza e a rebelião. Embora o Senhor admoeste que a rebelião sem arrependimento trará o castigo, quando Ele fala de fraquezas, é sempre com misericórdia." Então, mesmo quando alguém de fato peca, é bom distinguir entre o pecado nascido de uma fraqueza e o pecado que vem da rebelião. Todos nós temos fraquezas. Vencer estas fraquezas é um dos propósitos principais desta vida. O Senhor é misericordioso, especialmente quando estamos no processo de mudar e melhorar.
Espero que esta resposta ajude. Deixe-me saber se tem mais perguntas. Estou feliz em poder ajudar.
Obs. Se seu psicólogo não está disposto a ajudá-lo no contexto de sua própria cultura religiosa, considere buscar outro. Não sei se ele é assim (não conheço os detalhes), mas, falando de forma geral, usar a psicologia para destruir a fé de um paciente demonstra uma falta de ética e profissionalismo.