Brigham Young foi um profeta, mas também foi um ser humano. Ele realmente errou com Ann Eliza Young e suas demais esposas como retrata o livro e o filme “A 19 Esposa”? Ou existe exagero?
One Response to “Brigham Young foi um profeta, mas também foi um ser…”
Carlos Silva
2014-01-04 15:48:48
Olá Marcos. Não tenho assistido este filme, mas tenho lido um pouco a respeito. Parece que o Brigham Young deste filme não é historicamente acurado. É verdade que Brigham teve uma personalidade forte, mas há muitos registros históricos que também indicam que ele foi uma pessoa sumamente compassiva e um líder muito querido. De forma geral, toda pergunta da forma "Será que este filme de Hollywood é acurado?" tem a mesma resposta: não. O sensacionalismo vende mais ingressos de cinema do que os reais fatos históricos.
Agora, é verdade que Brigham Young foi um ser humano. Não existe marido perfeito, e tenho certeza que Brigham também não foi perfeito neste sentido. Felizmente, um profeta não precisa ser perfeito para poder transmitir a mensagem de Deus, pois se fosse assim não poderia haver profetas na terra.
É verdade que Ann Eliza Young fez várias acusações contra Brigham e contra a igreja nos seus livros anti-mórmons. Aqui estão algumas informações que encontrei na internet sobre ela (em inglês). Você pode decidir por si mesmo se a versão da história dela tem mérito.
1. Quando ela se casou com Brigham, ela já tinha sido divorciada, e tinha duas crianças. De acordo com ela, mesmo sendo casada com Brigham, o relacionamento deles era sempre platônico. Para mim, isso sugere que Brigham casou-se com ela por motivos caridosos (para cuidar dela).
2. No seu livro, há uma parte onde ela indica que mora em uma das casas de Brigham (ou seja, Brigham de fato cuidava dela). Nesta mesma parte, no entanto, ela fica queixando porque só há uma escadaria na casa, e ela tem que compartilhar esta escadaria com os "servos". Ademais, de acordo com ela, a casa era grande demais. Para mim, isso indica que ela era uma mulher difícil de agradar e fácil de ofender-se.
3. Quando divorciou-se de Brigham, começou a vender a propriedade dele (que não pertencia a ela) sem sua permissão. Ou seja, não hesitou em ser desonesta quando serviu seus propósitos.
4. Depois do divórcio, ela permitiu que seus filhos permanecessem em Utah, e eventualmente perdeu contato com eles. Se os mórmons daquela época realmente fossem tão horríveis como ela escreveu nos seus livros, por que é que ela deixou seus filhos com eles?!? Esta situação sugere que ela estava mentindo nos seus livros anti-mórmons, pelo menos em parte.
5. Os seus livros também descrevem doutrinas mórmons de forma muito não acurada em várias ocasiões. É difícil acreditar que Ann não conhecia a doutrina certa da igreja. Mas ela aparentemente não hesitou em distorcer a verdade para vender seus livros.
6. Ela casou-se de novo depois do divórcio, mas seu terceiro marido eventualmente a deixou, dizendo que ela era uma adúltera e uma ladra. Se isso é verdade, então também deixa a sua credibilidade em questão.
Em resumo, tenho certeza que Brigham Young não foi um marido perfeito e que Ann realmente estava infeliz no casamento. Acho possível que Brigham foi responsável, pelo menos em parte, por esta infelicidade, por causa de sua personalidade forte e as dificuldades associadas com a poligamia. Mas também creio que Ann não foi uma pessoa honrável, e que ela exagerou e mentiu para 1) vender seus livros anti-mórmons e 2) justificar suas pobres decisões.
Agora, é verdade que Brigham Young foi um ser humano. Não existe marido perfeito, e tenho certeza que Brigham também não foi perfeito neste sentido. Felizmente, um profeta não precisa ser perfeito para poder transmitir a mensagem de Deus, pois se fosse assim não poderia haver profetas na terra.
É verdade que Ann Eliza Young fez várias acusações contra Brigham e contra a igreja nos seus livros anti-mórmons. Aqui estão algumas informações que encontrei na internet sobre ela (em inglês). Você pode decidir por si mesmo se a versão da história dela tem mérito.
1. Quando ela se casou com Brigham, ela já tinha sido divorciada, e tinha duas crianças. De acordo com ela, mesmo sendo casada com Brigham, o relacionamento deles era sempre platônico. Para mim, isso sugere que Brigham casou-se com ela por motivos caridosos (para cuidar dela).
2. No seu livro, há uma parte onde ela indica que mora em uma das casas de Brigham (ou seja, Brigham de fato cuidava dela). Nesta mesma parte, no entanto, ela fica queixando porque só há uma escadaria na casa, e ela tem que compartilhar esta escadaria com os "servos". Ademais, de acordo com ela, a casa era grande demais. Para mim, isso indica que ela era uma mulher difícil de agradar e fácil de ofender-se.
3. Quando divorciou-se de Brigham, começou a vender a propriedade dele (que não pertencia a ela) sem sua permissão. Ou seja, não hesitou em ser desonesta quando serviu seus propósitos.
4. Depois do divórcio, ela permitiu que seus filhos permanecessem em Utah, e eventualmente perdeu contato com eles. Se os mórmons daquela época realmente fossem tão horríveis como ela escreveu nos seus livros, por que é que ela deixou seus filhos com eles?!? Esta situação sugere que ela estava mentindo nos seus livros anti-mórmons, pelo menos em parte.
5. Os seus livros também descrevem doutrinas mórmons de forma muito não acurada em várias ocasiões. É difícil acreditar que Ann não conhecia a doutrina certa da igreja. Mas ela aparentemente não hesitou em distorcer a verdade para vender seus livros.
6. Ela casou-se de novo depois do divórcio, mas seu terceiro marido eventualmente a deixou, dizendo que ela era uma adúltera e uma ladra. Se isso é verdade, então também deixa a sua credibilidade em questão.
Em resumo, tenho certeza que Brigham Young não foi um marido perfeito e que Ann realmente estava infeliz no casamento. Acho possível que Brigham foi responsável, pelo menos em parte, por esta infelicidade, por causa de sua personalidade forte e as dificuldades associadas com a poligamia. Mas também creio que Ann não foi uma pessoa honrável, e que ela exagerou e mentiu para 1) vender seus livros anti-mórmons e 2) justificar suas pobres decisões.
Um abraço.
Fontes (1) (2) (3)