Preconceito é preconceito, seja ele contra judeus, negros, homossexuais ou mórmons. É claro que seres humanos às vezes não concordam; eu mesmo não digo “sim” a cada idéia que ouço e com certeza não grito “preconceito” cada vez que encontro alguém cuja opinião difere da minha. O que, então, separa preconceito de variações saudáveis de opinião? ()
Variações saudáveis de opinião incluem:
Preconceito inclui:
Felizmente, a nossa sociedade de forma larga (embora não de forma universal) não incentiva preconceito contra a maioria de grupos sociais. Estranhamente, preconceito contra mórmons parece ser mais socialmente aceitável–mais “fashion”. Uma pesquisa recente da empresa Los Angeles Times/Bloomberg indica, por exemplo, que o preconceito tradicional nos Estados Unidos contra judeus e católicos está acabando.
Só 15% da população disse que nunca votaria num presidente judeu e só 10% disse o mesmo para um presidente católico (veja The LA Times). Preocupante é o fato que quase 40%–incluindo quase 40% dos que compartilham as mesmas filosofias políticas que a maioria dos mórmons nos Estados Unidos–disseram que nunca votariam num presidente mórmon. Disse Cal Thomas da empresa Tribune Media Services, “A pesquisa descobriu que embora anti-semitismo e anti-catolicismo estejam acabando entre os que votam, anti-mormonismo não está. Trinta e sete por cento daqueles questionados disse que não votaria num candidate mórmon pela presidência. Artigo VI da constituição americana proíbe um ‘teste religioso’ para aqueles que desejam servir no governo, mas não pode fazer nada se os que votam querem aplicar um teste religioso aos candidates” (veja Globe Gazette).
Ao falar em anti-mórmons, repare que não estou me referindo àqueles que respeitosamente não concordam com certos pontos da doutrina mórmon, nem falo naqueles que passam informações erradas sobre mormonismo simplesmente porque são mal-informados. Falo naqueles–e são muitos–que odeiam a igreja SUD e ativamente procuram desacreditá-la ao espalhar intencionalmente mentiras e ódio. É este tipo de informação errada que cria os mal-entendidos comuns evidentes na pesquisa da empresa Los Angeles Times/Bloomberg mencionada em cima.
Como sentiria um muçulmano se tivesse que enfrentar este tipo de preconceito na Meca? Como sentiria um judeu se um “pregador de rua” desse decidisse visitar o muro das lamentações?
Felizmente, nem todos os que têm preconceito contra os mórmons são tão briguentos, mas o mundo é cheio de indivíduos astutos e sofisticados que têm este mesmo preconceito. Muitos destes fingem ser “fontes informativas”, escondendo seu verdadeiro intento atrás de uma mascara de objetividade fingida. Mesmo a Liga Anti-Difamatória reconhece esta espécie sofisticada de anti-mórmon.
Respondendo à produção de um “documentário” anti-mórmon produzido por um destes grupos tão experientes,
Rhonda M. Abrams, Diretora Regional da Liga, escreveu: “Fiquei maravilhada com a alta qualidade da produção do programa. Claramente, isso não é o trabalho de amadores ou pessoas com poucos recursos. O filme obviamente custou muito dinheiro para produzir e requereu os talentos de um diretor modestamente sofisticado
Se um filme parecido tivesse sido produzido com judaísmo o catolicismo como seu alvo, seria imediatamente denunciado como a produção injuriosa que é…”
(Veja FairLDS.)
A Internet também está repleta de websites anti-mórmons. Mas se um webmaster anti-mórmon está realmente interessado em ajudar as pessoas a descobrirem a “verdade” sobre mormonismo, por que nunca providencia links para os websites oficiais SUD (www.lds.org.br e www.mormon.org)? Será que estes inimigos da igreja sabem o que mórmons acreditam melhor que os próprios mórmons? Por que deixar os mórmons contarem sua própria história, né? Já que estamos nisso, talvez possamos aprender mais sobre os judeus dos nazistas e mais sobre os negros do Ku Klux Klan!
Mas não tem que ser assim. A igreja SUD recentemente convidou professores proeminentes de uma religião cujos membros são muitas vezes críticos das crenças mórmons para discursar no tabernáculo mórmon em Salt Lake City numa chamada “Noite de Amizade”. Richard Mouw, presidente do seminário teológico Fuller, um dos maiores seminários na América do Norte, foi o primeiro que discursou. Sr. Mouw é um exemplo de o que significa ser Cristão–um cristão real. Disse ele:
”Estou agora convencido que temos muitas vezes seriamente mal representado as crenças e as práticas da comunidade mórmon. De fato, deixe-me dizê-lo francamente para a gente SUD aqui hoje a noite: temos pecado contra vocês. O Deus das Escrituras deixa bem claro que é uma coisa terrível mentir contra nossos vizinhos e nós temos sido culpados desse tipo de transgressão nas coisas que temos dito sobre vocês. Temos dito para vocês o que vocês acreditam sem primeiro fazer um esforço sincero de perguntar a vocês o que acreditam De fato, temos ocasionalmente até demonizado vocês, inventando teorias de conspiração sobre o que a comunidade SUD está ‘realmente’ tentando conseguir no mundo”. ()Tendo dito isso, tenho certeza que Richard Mouw não concorda com os mórmons em muitos pontos de doutrina. Mas ele não deixou essas diferenças filosóficas levá-lo ao preconceito. Em vez disso, ele foi franco e aberto em vez de odioso e com mente fechada. Todos nós–tanto mórmons quanto os de outras religiões–poderíamos aprender muito deste grande homem.
Infelizmente, muitos escolhem não seguir o exemplo de entendimento e amizade mútuo dado por Richard Mouw. Muitos escolhem expressar o seu preconceito na forma de publicações na Internet. A maioria dos sites anti-mórmons adota uma de quarto técnicas para disseminar a sua mensagem.
Para ilustrar estas técnicas, criemos algumas críticas contra gatinhos. Primeiro, poderíamos inventar algumas mentiras, fazendo-as parecerem oficias
“Sabe-se que determinadas raças de gatos, quando jovens, frequentemente adquirem desejos distintos para sangue humano. Um certo gatinho, conhecido pelo nome “bola de neve”, assassinou seu proprietário enquanto dormia.”
“Gatinhos parecem bastante inocentes, mas não seja enganado! Milhões de anos de evolução biológica fizeram-nos mais bonitinhos com cada geração que passa, mais bonitinho de modo que nós os deixemos entrar nas nossas casas e nos nossos corações, onde podem fazer os maiores danos”.
Agora mencionemos algum fato sobre gatinhos que não é mais relevante. Melhor ainda, mal representemos este fato para amargura adicional.
“Nos séculos que seguiam a morte de Cristo, muitos cristãos foram assassinados pelo império romano. Um método popular de matar era colocar a pobre vítima em uma arena com um leão, permitindo que os espectadores pervertidos apreciassem o massacre que era sua morte. Muitos destes leões começaram a vida como gatinhos, ou, como biólogos os chamam, ‘filhotes felinos.'”
Agora mencionemos alguma verdade parcial para difamar os gatinhos de forma mais tocante.
“Se as gatas mães são permitidas a passar tempo com seus gatinhos no ar livre, frequentemente ensinam os novinhos na arte hábil de matar.”
Finalmente, aproveitemos de algum mal-entendido popular, embora sem razão, sobre os gatinhos…
“Sabe-se que bruxas e gatinhos têm sido por muitos séculos os melhores amigos. A felina aparentemente ama o lado maldoso da natureza humana.”
Uau! A igreja SUD é afortunada por não me ter como inimigo! Se posso difamar até os gatinhos, imagine o que poderia fazer se decidisse fazer um website anti-mórmon!
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